O ESG, também conhecido como ASG (Ambiental, Social e de Governança), refere-se a parâmetros que envolvem questões sociais, ambientais e de governança. Esses fatores são cruciais para o bem-estar da sociedade, a preservação do planeta e a construção de um mundo melhor, e têm um impacto direto nos resultados das empresas. Eles incluem:
- Considerar a finitude dos recursos naturais e buscar formas sustentáveis de produção para minimizar o impacto ambiental.
- Priorizar o bem-estar das pessoas ao longo da cadeia de produção, valorizando não apenas os clientes, mas também funcionários, fornecedores e outros stakeholders.
- Estabelecer práticas de governança sólidas para garantir a confiança dos investidores, com estruturas e normas eficazes dentro da empresa para reduzir riscos operacionais.
A partir desse ponto, o ESG se tornou o pilar central do desenvolvimento sustentável empresarial e orientou a criação de métricas para integrar esse conceito na avaliação de riscos empresariais, financeiros e de mercado de capitais.
Em 2006, o novo modelo de desenvolvimento econômico levou à criação dos Princípios para o Investimento Responsável (PRI) por empresas do mercado financeiro. Atualmente, o PRI é um dos principais promotores globais do investimento responsável, com quase 4.000 signatários e mais de US$ 120 trilhões em ativos sob gestão em 2021 (UNPRI, 2023).
Esse movimento incentiva os investidores a adotar práticas responsáveis para aumentar retornos e gerenciar riscos de forma mais eficaz, em colaboração com formuladores de políticas globais e com o apoio das Nações Unidas.
Larry Fink, CEO da BlackRock, a maior gestora financeira do mundo, também se destacou ao anunciar em sua carta anual de 2020 que a empresa apoiaria investimentos em empresas com práticas ambientais e sociais favoráveis, promovendo portfólios sustentáveis, resilientes e transparentes. Essa diretriz foi reforçada nas cartas de 2021 e 2022, destacando a crescente importância do ESG nas decisões dos investidores (BlackRock, 2022).
Em 2021, o International Finance Corporation (IFC), membro do Banco Mundial, investiu 60,7% de seus recursos em projetos climáticos no Brasil, abrangendo infraestrutura, eficiência energética, agricultura sustentável, energia solar, construções sustentáveis e mobilidade. O IFC também tem parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para intensificar a abordagem ESG em operações e projetos estruturados no Brasil, seguindo padrões internacionais para atrair capital para setores prioritários (BNDES, 2022).